Descubra as 6 ações mais recomendadas para receber dividendos em 2024 e 2025

Explorando as 6 Ações Mais Recomendadas para Dividendos em 2024 e 2025

O mercado de ações é vasto e dinâmico, com diversas oportunidades para investidores que buscam gerar renda passiva por meio de dividendos. No entanto, nem todas as ações recomendadas pelas casas de análise são necessariamente as melhores escolhas para quem deseja focar na consistência e no crescimento sustentável dessa renda. Vamos explorar algumas das ações mais recomendadas por especialistas, analisando os pontos fortes e fracos de cada uma, especialmente quando o objetivo é construir uma carteira voltada para dividendos.

Petrobras (PETR4)



Encabeçando a lista, a Petrobras (PETR4) é frequentemente recomendada para carteiras focadas em dividendos. A empresa, que é um dos principais players no setor de energia do Brasil, tem um histórico recente de distribuição de dividendos significativos, com projeções de manter essa prática nos próximos anos. Segundo as previsões, a Petrobras pode pagar proventos na faixa de 14%, incluindo dividendos recorrentes e extraordinários. Além disso, a empresa possui uma política de quatro pagamentos anuais de dividendos, o que, para o investidor, se traduz em uma renda passiva com frequência garantida.

Contudo, como a Petrobras está sujeita às flutuações do mercado de commodities, especificamente o petróleo, é essencial que os investidores estejam atentos às variações nos preços das matérias-primas. A empresa pode reportar grandes lucros e pagar dividendos robustos em tempos de alta no preço do petróleo, mas isso pode mudar drasticamente em caso de queda, evidenciando o caráter cíclico dos seus ativos.

Copel (CPLE6)


A Copel (CPLE6) é outra ação comumente mencionada em listas de recomendação. A empresa, uma das maiores do setor elétrico brasileiro, possui concessões importantes no setor de distribuição e transmissão de energia, o que lhe garante uma fonte de receita estável a longo prazo. Mesmo com uma alavancagem controlada e um crescimento anual consistente de seu EBITDA ajustado, a Copel não se destaca como uma boa escolha para uma carteira de dividendos no cenário atual. Isso ocorre porque, apesar do histórico de proventos elevados, a empresa vem pagando dividendos relativamente baixos recentemente, com um dividend yield de apenas 2%.

A razão principal para essa queda é a combinação de fatores como o aumento da alavancagem e a valorização das ações, o que tornou a relação preço/lucro menos atraente. Para investidores que buscam uma renda passiva significativa, a Copel pode não ser a melhor opção no momento.

Bradespar (BRAP4)

A Bradespar (BRAP4) também aparece com destaque entre as recomendações de diversas casas de análise. A empresa, que é uma holding com participação exclusiva na Vale, tem a vantagem de repassar aos acionistas todo o dividendo recebido da mineradora, o que frequentemente resulta em um dividend yield mais elevado que o da própria Vale. A Bradespar se beneficia do desconto em holding, que pode chegar a 30%, tornando-a uma opção atraente para investidores que buscam renda passiva a preços mais baixos.

No entanto, assim como a Vale, a Bradespar está exposta ao mercado cíclico das commodities. Embora o cenário atual para o minério de ferro esteja favorável, é crucial que o investidor tenha estômago para suportar as oscilações desse mercado, que pode trazer grandes variações nos lucros e nos dividendos ao longo do tempo.

Vale (VALE3)


A Vale (VALE3), uma das maiores mineradoras do mundo, é outra ação que frequentemente aparece nas listas de recomendação de analistas. A empresa é conhecida por sua alta qualidade de minério de ferro, especialmente o que é extraído da mina de Carajás, que é referência mundial. Nos próximos anos, a Vale planeja aumentar sua capacidade de produção, o que pode resultar em melhores margens de lucro e, consequentemente, em maiores dividendos.

Entretanto, a volatilidade do mercado de commodities é uma realidade que os investidores da Vale precisam estar cientes. A cotação da empresa costuma flutuar junto com o preço do minério de ferro, tornando a ação uma opção de maior risco para aqueles que buscam estabilidade na renda passiva.

Banco do Brasil (BBAS3)



O Banco do Brasil (BBAS3) é uma das instituições financeiras mais tradicionais do país e, atualmente, é visto como uma das melhores opções para investidores que buscam renda passiva. A empresa tem apresentado um crescimento consistente de lucros, com uma taxa média de 10% ao ano entre 2010 e 2023, e previsões de lucro recorde para este ano. Com uma rentabilidade superior a 21% e um payout elevado, o Banco do Brasil oferece aos seus acionistas um dividend yield projetado de 10% a 11%.

Além disso, o preço sobre lucro (P/L) e o preço sobre valor patrimonial (P/VPA) do banco estão atualmente em níveis muito atrativos, o que torna o ativo uma opção sólida para uma carteira de dividendos. O mercado parece estar subvalorizando o potencial do banco, o que pode representar uma oportunidade de compra para quem busca tanto crescimento quanto renda passiva.

Vivo (VIVT3)


Por fim, a Vivo (VIVT3), uma das principais empresas de telecomunicações do Brasil, é vista por muitos analistas como uma opção interessante para uma carteira de dividendos. No entanto, com um P/L projetado de 17 vezes e um dividend yield não tão atrativo, a empresa parece estar supervalorizada no momento. Comparada a outras empresas do setor de telecomunicações, a Vivo apresenta um custo-benefício inferior, o que torna sua inclusão em uma carteira de renda passiva questionável.

Em resumo, para construir uma carteira de dividendos sólida, é importante considerar tanto o potencial de geração de proventos quanto a estabilidade dos ativos. Empresas como Petrobras e Banco do Brasil oferecem boas oportunidades, enquanto ações como Vivo e Copel podem não ser as melhores escolhas no cenário atual.